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Júlia Lopes
Júlia Lopes

Diário de bordo

"O COMEÇO"

“PIBIC, PIBIC, PIBIC...O que é isso?” Eu me perguntei quando a professora Idalina veio falar comigo numa manhã. Faz quatro anos que estudo no CAp e nunca tinha ouvido falar sobre esse tal de PIBIC. Idalina me explicou. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Ela estava me oferecendo uma bolsa em história. Mesmo sendo pega de surpresa, afinal há uns poucos minutos atrás eu nem fazia ideia do que era PIBIC, eu aceitei o convite. Ainda não sabia muito sobre o que realmente se tratava esse programa de iniciação científica, mas me arrisquei. Idalina me avisou que estava adiantada, que os outros professores só iam começar a chamar os alunos para participaram das bolsas dali a alguns dias, então era para manter segredo por enquanto. E por estar adiantada, não sabia ao certo se tinha direito a escolher um ou dois alunos. Se fosse um, já havia alguém com quem ela tinha se comprometido antes. Se fosse dois, o que ela realmente achava que era, eu estaria dentro.

Passaram- se algumas semanas e eu mantive segredo. Trocamos e-mails e eu soube que a minha bolsa se tratava do Projeto Construindo a História da Atualidade. Como num flash repentino, minha mente se voltou para a sétima série, quando ouvi pela primeira vez Idalina falar sobre esse famigerado projeto. Agora eu tinha a oportunidade de trabalhar de novo no PCHA, dessa vez com outro olhar, a partir de outra posição. Empolguei-me, e ao mesmo tempo, reprimi o entusiasmo. Eu ainda não tinha certeza se a vaga era minha. Não queria me decepcionar. Fiquei me perguntando: “Quem será a pessoa que Idalina chamou além de mim?”. No dia seguinte descobri que era, ninguém mais, ninguém menos que Bione do 1° ano B. Ele vai ser um ótimo parceiro, pensei.

Uns dias depois os outros professores abriram vagas para o ensino médio concorrer às bolsas. Para poder se cadastrar no CNPq, era necessário fazer um currículo no Lattes. Foi aí que minha agonia começou. Esse currículo me trouxe muita dor de cabeça. Sempre dava erro na operação e eu não sabia o porquê. Todos os dias eu tentava, mas sempre dava falha. Até que no dia anterior a expiração do prazo eu descobri qual era o problema. O nome da mãe. Coisa de nome de solteira e nome de casada. Para ter certeza de que tinha conseguido realmente concluir o currículo, liguei para o Lattes de Brasília e eles me disseram que estava tudo certo. Agora era só esperar parar ver se eu conseguia bolsa. E que espera torturante!